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Tigre! Tigre!

Rudyard Kipling

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Tigre! Tigre!

Título Original: Tiger! Tiger! | Ano: 1894

Um conto de O livro da selva: depois de sua expulsão da matilha, Mowgli foi tentar viver entre os homens, mas seu passado o assombra na figura do tigre Shere-Khan. Mais inteligente do que os outros animais, Mowgli prepara sua defesa definitiva contra o tigre com uma armadilha mortal. Mais: A Canção de Mowgli.

Rudyard Kipling

Joseph Rudyard Kipling nasceu em Bombaim (Mumbai), em 30 de dezembro de 1865, e morreu em Londres, em 18 de janeiro de 1936. Autor de poemas, contos, ensaios e romances, recebeu o Nobel de Literatura em 1907. Admirado por T. S. Elliot e Jorge Luis Borges, Kipling foi porta-voz do ideal imperial britânico. Era repórter da presença de cidadãos e soldados do Reino Unido na Índia e outros países ao final do século 19. Sua obra é polêmica, pois ao mesmo tempo em que exalta a beleza e os detalhes da Índia, endossa a dominação britânica. Entre seus críticos estavam George Orwell, autor de 1984. Kipling perdeu sua filha Josephine para a pneumonia em 1899 — para quem escreveu as histórias de O Livro da Selva e um filho, John, na Primeira Guerra Mundial. Abaixo, um trecho do artigo de Nina Martyris para a revista New Yorker: Kipling é frequentemente ridicularizado como um fanático imperialista que prostituiu seu incrível talento para a propaganda e a política. Mesmo durante a guerra, recebia cartas dizendo que um apoiador da guerra merecia perder seu filho. Mas isso é uma leitura errônea de suas repetidas advertências sobre uma invasão alemã, para que a Grã-Bretanha se preparasse. Certamente se entregava ao culto ao império, mas esse era apenas um dos aspectos desse homem paradoxal e contencioso. Em sua poesia, dramatiza a guerra como uma aflição primitiva, que desencadeia alegria, raiva e terror. O fantasma de John assombra seus textos, chamuscando-os com raiva. Em “The Children”, por exemplo, o poeta reitera tranquilamente a promessa de retribuição, apenas para retornar a um insuportável impasse: “Mas quem devolverá nossos filhos?” O poema “A Death-Bed” pretende ser abertamente desagradável, comemorando a notícia de que o Kaiser alemão tem câncer. A tristeza e a ira sinistras convergem para uma palavra desdenhosa que ele usava para descrever o homem que considerava ser o responsável pela guerra: o Coisa.

Ricardo Giassetti

Consultor em cultura participativa, remix e inovações digitais. Transitou pelos mercados editorial, jornalístico, publicitário e audiovisual em seus trinta anos de carreira. Criou metodologias para localização cultural em países diversos como China, Índia, União Europeia, Estados Unidos e América Latina. Autor de Gunned Down — Down the River (EUA, 2005) e O catador de batatas e o filho da costureira (Brasil-Japão, 2008). É fundador da Mojo (2006) e do Instituto Mojo de Comunicação Intercultural (2018).

Tempo de Leitura: 67 minutos - Intermediário-avançado

Ilustração: Henri Rousseau (1908)

Esta é uma publicação do Instituto Mojo de acesso livre e gratuito.

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