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Mkaa’ah Jeecho’nee, o pequeno caçador

George W. Bateman

Mkaa’ah Jeecho’nee, o pequeno caçador

Título Original: Mkaa’ah Jeecho’nee, the Boy Hunter | 1901

Conto incluído em Contos folclóricos africanos vol 2. Leia um trecho: O sultão Maaj′noon tinha sete filhos e um grande gato. Amava muito a todos. Tudo ia bem até que um dia o gato matou um bezerro. Quando foram avisar o sultão, ele respondeu: — Ora, o gato é meu e o bezerro também. — Como quiser, amo. — E o assunto foi esquecido. Alguns dias depois o gato capturou uma cabra. Novamente os súditos foram ao sultão. — O gato é meu e a cabra também. — E isso resolveu a questão. Mais dois dias se passaram e o gato matou uma vaca. Uma vez mais o sultão deu fim às reclamações. — Tanto o gato quanto a vaca são meus. Dois dias mais e um burro foi morto pelo felino. A resposta foi a mesma. Em seguida um cavalo. A resposta foi a mesma. A vítima seguinte foi um camelo. Diante das reclamações, o sultão zangou-se. — O que incomoda vocês? Todos os dias se queixam do meu gato. Parece que não gostam dele e querem me convencer a matá-lo. Deixem que coma o que quiser.

George W. Bateman

Elphinstone Dayrell (1869-1917), George W. Bateman (1850-1940) e Robert Hamill Nassau (1835-1921), os três autores selecionados para este volume, fazem parte de um movimento em comum. São três esforços individuais para a preservação de culturas locais ameaçadas pela colonização europeia. Ironicamente, as pessoas que se dispuseram a essa preservação eram oriundas das mesmas instituições que suprimiam tais culturas — um governador britânico, um explorador a serviço da coroa inglesa e um missionário dos EUA. No entanto, há também um dualismo moral nesses esforços. Não fosse pela coleta e publicação dessas histórias, elas poderiam se perder no tempo, pois as tribos africanas as perpetuavam apenas pela tradição oral.

Gabriel Naldi

Tradutor, revisor, publicitário e editor no Instituto Mojo de Comunicação Intercultural. Formado em publicidade e propaganda pela Universidade Metodista e com pós-graduação de Tradução pela Estácio de Sá, Gabriel Naldi possui ampla experiência em planejamento estratégico para ações digitais, em agências de propaganda, empresas e portais. Foi revisor de textos para emissoras e empresas como Petrobras, Band, TV Tribuna, TCE Pará e TCU. Desde 2013, atua como tradutor e revisor de texto, localização de websites, redação publicitária, marketing e tradução literária.

Tempo de Leitura: 28 minutos - Intermediário

Esta é uma publicação do Instituto Mojo de acesso livre e gratuito.

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