Quando Anne of Green Gables foi lançado nos Estados Unidos em abril de 1908 o sucesso foi imediato, vendendo mais de dezenove mil cópias em apenas cinco meses atingindo leitores de todas as idades. A obra já foi adaptada para o cinema, desenho animado, série de televisão e até para peças musicais.
Anne Shirley, a garotinha que acaba indo parar por engano na fazenda de Green Gables, é inteligente, dramática, brincalhona e dona de uma imaginação muito fértil. Não gosta da sua aparência, se acha muito pálida e magricela, cheia de sardas, despreza seu cabelo vermelho, mas gosta do seu nariz. Diana Barry é sua “amiga do peito” e Gilbert Blythe é um menino muito chato que faz piada com seu cabelo.
Seu jeito único logo anima rapidamente a comunidade local e o livro narra de forma muito divertida inúmeros casos peculiares que vão desde cabelos verdes até vinhos de groselha.
Lucy Maud Montgomery foi uma escritora canadense conhecida como L.M. Montgomery, estudou literatura na Universidade de Dalhousie, em Halifax, no Canadá. Atuou como professora, que apesar de ser um trabalho que não apreciava muito, permitia que tivesse tempo para se dedicar à escrita. Publicou inúmeros contos em revistas e jornais antes do primeiro livro, tendo a marca de cem histórias editadas entre 1897 e 1907.
Anne of Green Gables foi seu primeiro livro. O sucesso foi tanto que Anne se tornou uma série de oito livros nos quais a personagem aparece tanto como protagonista como coadjuvante. O último livro foi editado somente em 2009, sessenta e sete anos depois da morte da escritora.
O livro faz um enorme sucesso no Japão ainda nos dias de hoje, foi incluído no currículo escolar nacional desde 1952 e se tornou um ícone pop depois de um anime lançado em 1979. Casais japoneses viajam até o Canadá para se casar na fazenda Green Gables, que realmente existe, onde as garotas usam seus cabelos tingidos de vermelhos presos em rabos de cavalo para se parecer com Anne durante a cerimonia.
Adriana Zoudine é formada em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e em Educação Artística pelas Faculdades Metropolitanas Unidas FIAM-FAAM. Durante sua carreira em engenharia, morou em São Francisco e em Buenos Aires e fez viagens periódicas a países europeus, com mais frequência à Itália. Após se aposentar, cursou o Programa Formativo para Tradutores Literários da Casa Guilherme de Almeida, passando a participar continuamente de eventos, palestras e cursos na área de tradução. Atualmente se dedica à tradução literária, colaborando com o Instituto Mojo na tradução de obras e artigos em domínio ao público, e outras editoras. Traduz para a plataforma Babelcube Inc., sempre com foco principal na literatura italiana.
Para a Mojo, Adriana já traduziu, além de artigos como Memes da Idade Moderna e Pequenos vermes invisíveis; os livros de ficção Contos sardos (Racconti sardi, 1894), de Grazia Deledda, As aventuras do Pinocchio (Le avventure di Pinocchio, 1883), de Carlo Collodi, e Anne, de Green Gables (1908), de L. M. Montgomery.