O segundo livro da série Oz! Uma revolução feminina toma a cidade de Oz e depõe seu novo governador, o Espantalho. O menino Bizu, fugindo de sua mãe adotiva, a malvada bruxa Mambi, faz amizades insólitas pelo caminho até Oz. Os amigos mais improváveis, como João Abobrão, o erudito Gafanhito e o Cabralce se unem aos agora foragidos Espantalho e Lenhador de Lata. O segundo livro da série Oz é uma obra que destaca o valor das mulheres e da amizade contra as forças sempre ativas do mal. Nessa luta, quem seria o verdadeiro regente de Oz, uma vez que o próprio Mágico de Oz havia usurpado o trono de seu antigo rei? A herdeira, princesa Ozma, está desaparecida desde então. A missão do insólito grupo é descobrir se Ozma ainda está viva e trazê-la de volta a Oz para assumir seu lugar de direito: o trono da Terra de Oz.
“Eu aprendi a ver a fama como um fogo-fátuo que, quando é capturado, não vale ser possuído; mas agradar uma criança é uma coisa doce e encantadora, que aquece um coração e traz sua própria recompensa.”
As palavras de Lyman Frank Baum (1856—1919) em uma dedicatória de livro feita para sua irmã ilustram como o autor estadunidense tinha como foco o entretenimento infantil. Escreveu cerca de setenta obras durante sua carreira, além de estar envolvido na produção e roteiros de peças de teatro (originalmente, Baum era ator), produzindo inclusive farto material sob pseudônimos como Edith Van Dyne, Laura Bancroft e Floyd Akers. Porém, foi assinando como L. Frank Baum que o autor conseguiu seu maior êxito, ao escrever O Magnífico Mágico de Oz em 1900.
Na virada do século XX, o tipo de história narrado por Baum era incomum, o que era reconhecido pela crítica da época. O jornal The New York Times, por exemplo, aponta que o livro se destaca engenhosamente do material disponível à época para crianças, acrescentando que o livro “certamente lançará as bases para atrair fortemente os leitores infantis como também os ainda mais jovens, para quem será lido pelas mães ou responsáveis pelo entretenimento das crianças”. Esse reconhecimento imediato do apelo infantil do livro fez com que ele fosse traduzido para mais de cinquenta línguas, sendo adaptado em alguns países, como a Índia e a União Soviética.
Segundo a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, a instituição cultural mais antiga daquele país, a obra se tornou o maior e o mais amado conto de fadas produzido na nação. Não é por acaso que o livro, que teve uma primeira tiragem de dez mil cópias, atingiu a marca de três milhões de livros vendidos até sua entrada no domínio público, em 1956. De lá para cá, a disseminação da obra em universos expandidos, criados inicialmente com a benção da família do autor, continua a acontecer, mesmo quase um século após a morte de Baum. Não por acaso, o autor expandiu sua obra em mais quinze romances, dois publicados postumamente, uma coletânea de contos e uma tira de quadrinhos, uma trajetória que se inicia com a publicação de A Maravilhosa Terra de Oz, em 1904.